segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Animal é alguém?

Recebi um e-mail de um amigo, ao qual enviei a letra da música (Viver sem tirar a vida de ninguém) do outro post, pra comentá-la. Ele me disse q gostou muito e que com mais de 42 anos de vegetarianismo, aprova totalmente “obras q divulguem poupar-se a vida de animais”. No mesmo texto ele faz alguma sugestões de alteração na letra. Uma delas, no que diz respeito à palavra “ninguém”. Quando usei a palavra "ninguém" usei-a de propósito, pois, o animal é tratado “normalmente” como coisa... e não como alguém... no inglês: it, é pra coisas e animais. Mas, pensando um pouco, os animais domésticos são coisas pros seus "donos"? Eles têm nome, direitos, espaços, sentimentos e... tudo mais que um humano tem... então, ele não é na verdade uma coisa, pelo menos pra quem convive com ele... Além disso, usar o termo coisa pra designar os animais, é preconceituoso e especista, pois a nossa espécie, por "pensar", acha q é dona do planeta sem levar em conta as necessidades de espaço das outras espécies... vide: animais em extinção, desmatamento de florestas, poluição de rios... O Roberto falou, em seu e-mail, que a natureza tende a suprir e cuidar de todas as necessidades do planeta, no caso de um aumento de população de bovinos, por exemplo, num caso de todos pararem de comer carne. Incluo ai que a natureza tem sempre cuidado até das besteiras que o homem faz também. Se pensarmos friamente, sem a autoridade de "ser humano", todos os animais têm uma função na natureza, ou seja, para o equilíbrio das coisas... eu pergunto: qual é a função do homem no planeta? Porque até agora ele só funcionou como uma herva daninha...rs Ainda sobre a letra, recebi outro e-mail, de uma professora, dizendo que há julgamento na letra e que “dá a impressão de que as pessoas que criam e educam, o fazem de maneira irresponsável e que a criança sabe mais do que eles”. Bom, pensando como espírita que sou, isso é absolutamente possível, já que espíritos evoluídos encarnam corpos de crianças e convivem com espíritos menos evoluídos. Por outro lado, a própria educação de casa ou da escola, ou o entendimento da criança pode fazer com que ela saiba mais do que seus pais ou professores, em algum aspecto, como se alimentar sem o uso da carne. Me parece que há um sentimento de intolerância em o outro saber mais, ainda mais sendo uma criança, refletindo o atual estágio da educação, autoritária e massificada, tornando-nos seres ajustados e iguais.Beto (um ano e meio sem comer carne – definitivamente!)

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